O Burnout ou Síndrome de burnout tem se tornado cada vez mais presente na vida e no cotidiano de profissionais de sucesso.
O cansaço, não apenas físico, mas especialmente mental, tem tomado conta de muitos, afetando negativamente o desempenho, engajamento e produtividade desses líderes. Esse impacto não se limita apenas a eles, mas reverbera em toda a equipe e, por fim, nos resultados da empresa.
Ainda existem muitos tabus em relação ao distúrbio, principalmente nos cargos mais altos dentro das organizações, mas é um transtorno real e que afeta o indivíduo com muito mais intensidade do que se imagina.
Enxergando que o problema tem crescido cada vez mais nos ambientes profissionais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022 incluiu a Síndrome de burnout como um fenômeno ocupacional na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
Não é considerada uma condição médica, mas sim fatores que influenciam o estado de saúde ou o contato com serviços de saúde.
Entenda neste artigo o que é preciso ser feito para evitar um burnout e como o distúrbio pode afetar o desempenho de pessoas em cargos mais exigentes.
O que é o Burnout?
A síndrome é uma condição psicológica e emocional provocada pelo esgotamento mental que ambientes de trabalho desgastantes causam no indivíduo.
Locais de trabalho altamente competitivos, com acúmulo de funções, exigências extremas e metas difíceis de alcançar em prazos apertados, geram um cansaço profundo, tanto físico quanto mental.
O burnout é desencadeado principalmente pelo excesso de trabalho, que consequentemente traz os outros problemas citados acima. Muitas empresas exigem que seus colaboradores realizem mais tarefas do que é possível em um dia, com prazos curtos e metas difíceis de atingir.
Ainda de acordo com a OMS, o esgotamento profissional é descrito como: “Burnout é uma síndrome conceituada como resultante de estresse crônico no local de trabalho que não foi administrado com sucesso.”
Isso tudo leva a um estresse elevado, fazendo com que a pessoa se sinta incapaz, inadequada e insegura em relação à sua profissão, podendo resultar em distúrbios como ansiedade e depressão.
Principais causas do Burnout
Além das causas previamente mencionadas, para compreender melhor o que pode levar ao burnout, é necessário analisar a rotina do profissional e os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome:
- Perfeccionismo ou padrões elevados de exigência, que podem vir dos superiores ou de si próprio.
- Sobrecarga de trabalho, causada por excesso de horas ou alta pressão.
- Falta de controle e autonomia das tarefas, que podem ser causadas pelo acúmulo de funções.
- Ambiente tóxico, com falta de apoio e críticas constantes vindas principalmente de superiores.
O esgotamento mental não ocorre de forma repentina, mas se desenvolve aos poucos. As cobranças e situações desconfortáveis se acumulam no cotidiano do trabalho, enfraquecendo o estado mental e físico do indivíduo, o que leva ao estresse crônico e, eventualmente, ao burnout, além de possíveis distúrbios psicológicos.
Como identificar o burnout na liderança?
O burnout em posições de liderança e carreiras exigentes é mais desafiador de identificar, principalmente devido ao estigma que ainda envolve esses cargos. Líderes muitas vezes sentem a necessidade de ocultar os sinais de esgotamento para preservar a imagem de força e competência e também para manter a equipe coesa e a empresa funcionando.
Entretanto, é amplamente reconhecido que, em algum momento, essa rotina intensa e o estresse constante levarão a pessoa a buscar ajuda de alguma maneira. As causas mencionadas anteriormente afetam profissionais de todas as hierarquias dentro de uma organização, seja o líder, o proprietário da empresa ou um colaborador em um cargo mais baixo.
Para perceber que está sofrendo com a síndrome, além de identificar as causas, o indivíduo deve ficar atento aos sintomas:
- Dificuldades para dormir;
- Produção muito baixa;
- Mudanças de humor frequentes;
- Sentimentos de medo e insegurança;
- Sentimento de exaustão física e mental;
- Dores de cabeça frequentes;
- Negatividade;
- Dores no estômago ou alterações no intestino;
- Dores musculares;
- Sentimento de derrota;
- Autoisolamento;
- Dificuldade de concentração.
Identificar o burnout precocemente em cargos de liderança é essencial para evitar consequências mais graves, como queda no desempenho, problemas de saúde ou impacto negativo na equipe.
Reconhecer os sinais e agir de forma proativa é um passo fundamental para promover a saúde e o bem-estar dos líderes e de toda a organização.
Como a síndrome impacta no trabalho do profissional de sucesso?
O impacto que essa condição causa não só na pessoa, mas em toda a organização é totalmente negativo.
O desempenho e produtividade da empresa são influenciados pela forma como ela é liderada, um negócio precisa de um bom líder para ser bem-sucedido.
Mas e quando o líder sofre um burnout? O que pode acontecer?
Certamente, diversos problemas podem surgir, como decisões equivocadas, redução na capacidade de liderar, queda na produtividade, falhas na comunicação com a equipe, criação de um ambiente tóxico, perda de credibilidade e falta de inspiração.
Para preservar a eficiência da empresa, é essencial combater a ideia de que líderes estão imunes a erros.
O fato da condição ter sido reconhecida pela OMS faz toda diferença e é muito importante, pois traz mais visibilidade às graves consequências desse transtorno. Segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), o Brasil é o segundo país com o maior número de pessoas afetadas pela Síndrome de burnout.
A falta de conhecimento sobre a síndrome e seus sinais continua sendo um grande desafio, por isso é fundamental discutir o tema de forma aberta e sem preconceitos.
Existem formas de prevenir e tratar o esgotamento mental.
Como evitar o esgotamento mental nos cargos mais exigentes?
Evitar o burnout é uma tarefa desafiadora, mas não é impossível.
As responsabilidades de um líder sempre serão mais exigentes, mas há maneiras de manter o equilíbrio entre a saúde mental e o bem-estar de quem ocupa essas posições.
Uma dessas formas é criar uma cultura humanizada dentro da empresa. Cuidar da saúde física e mental de todos os colaboradores faz com que se sintam mais motivados e inspirados no trabalho, o que, por sua vez, aumenta a produtividade da equipe e mantém o desempenho da empresa em um alto nível.
Confira algumas outras estratégias inteligentes para prevenir o burnout em cargos mais altos:
- Delegue as funções para as pessoas certas, com o objetivo de descentralizar o trabalho e diminuir a carga de tarefas;
- Estabeleça limites de horários de trabalho e evite levar tarefas para casa.
- Aprenda a dizer não, priorize tarefas realmente importantes e delegue quando necessário.
- Organize seu tempo. Trabalhe em blocos de tempo para manter a produtividade e reduzir a fadiga. E planeje suas tarefas com ferramentas de gestão, isso facilita no cumprimento de cada uma delas.
- Gerencie o estresse de forma ativa. Se sentir estressado quando está em cargo de liderança é algo inevitável, porém, é preciso saber como lidar com ele. Procure atividades que desconectem sua cabeça do trabalho, como técnicas de respiração, mindfulness e hobbies que você gosta.
- Celebre suas conquistas! Reconheça e comemore seus avanços e resultados. Não foque apenas nos problemas e em possíveis resultados ruins.
- Pratique o autocuidado. Se alimente bem, faça exercícios físicos e tenha um sono de qualidade. São atos que muitas pessoas deixam de lado, mas lembre-se de que é preciso cuidar do corpo de dentro para fora.
- Reconheça os sinais de esgotamento. Se sentir exausto ou ineficaz por longos períodos pode ser um alerta de burnout. Não ignore os sintomas. Caso esteja se sentindo de tal forma, reavalie suas responsabilidades e sua rotina e busque mudar a forma como está vivendo.
Terapia psicológica como prevenção
Você sabia que o acompanhamento psicológico não precisa ser apenas uma solução para problemas já existentes?
A terapia preventiva é uma ótima maneira de fortalecer a saúde mental e prevenir o surgimento de questões psicológicas ou emocionais mais sérias.
Pessoas com carreiras mais desafiadoras devem considerar a terapia preventiva, pois ela ajuda a se antecipar e evitar as consequências negativas que grandes responsabilidades podem acarretar. Auxilia no manejo das pressões diárias e no estresse, oferecendo estratégias para manter o equilíbrio emocional e mental.
Investir na saúde mental de forma preventiva é uma excelente escolha tanto para as lideranças no ambiente de trabalho quanto para o bem-estar pessoal.
Como se recuperar do burnout?
Digamos que você não conseguiu evitar o burnout e está passando por esse momento difícil agora. Saiba que há solução!
Na realidade, todas as estratégias citadas no texto para a prevenção do distúrbio também são eficazes para pessoas que já estão no estágio mais avançado.
Uma das prioridades é buscar terapia. Um profissional da saúde mental pode oferecer suporte emocional essencial e proporcionar um espaço seguro para você explorar seus sentimentos e situações, ajudando a identificar o que pode ser feito para quebrar esse ciclo negativo no trabalho.
Como psicóloga, estou aqui para ajudar você a encontrar o melhor caminho para ter uma carreira profissional mais equilibrada e uma vida com mais qualidade.
Você pode agendar uma sessão ligando ou entrando em contato pelo WhatsApp, no número: (27) 99978-0990. Nossas consultas podem ser online ou presencialmente, como preferir.
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