É normal que no núcleo familiar surjam discussões ou discordâncias na convivência diária. Afinal, cada indivíduo pensa de uma maneira, tem suas próprias opiniões e experiências de vida. Mas nada como uma conversa sensata para resolver os conflitos, não é verdade?! Ouvir o outro e expor sua versão dos fatos são atitudes sábias que levam para um caminho de sucesso: o diálogo.
Mas e quando se está em um lar que não existe diálogo, onde os conflitos são constantes e não se pode demonstrar os verdadeiros sentimentos? Como lidar com pessoas assim, principalmente na família? Você sabia que relacionamentos tóxicos familiares podem influenciar nas outras relações?
Muitos não acreditam, mas existem parentes tóxicos. Pai, mãe, irmãos, avós, tios, não importa o nível de parentesco, qualquer pessoa pode apresentar um comportamento danoso, assim como qualquer indivíduo pode ser a vítima dessa toxicidade.
Família, sinônimo de exemplo e proteção… ou não?
A família é a primeira referência que temos de carinho, respeito, valores, proteção. Culturalmente, são constituídas por pessoas que estão sempre presentes dando suporte e apoio, quando necessário, e amor sem esperar nada em troca. Na teoria é algo lindo que parece funcionar muito bem. No entanto, na prática e na rotina do dia a dia muitas não funcionam assim.
É preciso ressaltar que não estou falando aqui sobre a existência de famílias perfeitas, porque essas não existem, mas sim de famílias que por mais que tenham conflitos esporádicos, conseguem resolvê-los sem causar nenhum dano aos seus membros. Não é um ou alguns conflitos que irão ditar se uma família é tóxica.
Uma relação é rotulada como tóxica quando enfrenta conflitos persistentes e regulares, o ambiente familiar demonstra disfunções notáveis, causando impactos significativos na saúde psicológica de certos membros da família, desencadeando sentimentos de medo, estresse, ansiedade ou sintomas depressivos.
Como identificar uma família tóxica?
Muitas pessoas sentem grande dificuldade em entender como identificar a toxicidade na família, justamente porque o agressor faz parte da vida e do cotidiano, e possui algo que vai além disso, o vínculo sanguíneo e emocional. Pelo fato desse título ser sempre visto com certo peso em nossa sociedade, é difícil falar sobre este assunto abertamente, como consequência, é trabalhoso reconhecer que você está dentro de um ambiente nocivo.
Um ambiente familiar disfuncional é cercado por comportamentos como piadas, chantagens, mentiras, xingamentos e manipulações, tudo isso faz a vítima se sentir acuada, com medo e sufocada. Diálogos agressivos, acusatórios e vitimistas também estão muito presentes.
É uma mistura de sofrimentos negativos que causam grande dano emocional e psicológico. Comentários depreciativos são mascarados como brincadeiras e acabam evoluindo para agressões morais, psicológicas e, em alguns casos, violência física. O membro agressor se sente no direito de falar o que quiser e agir da forma que quer porque a família está acima de tudo e o laço que une vocês jamais poderá ser rompido.
Você precisa de exemplos mais claros? Existem alguns fatores que indicam se você está convivendo com uma família tóxica. Veja alguns deles:
Falta de suporte emocional
Viver em um âmbito familiar onde as necessidades de apoio e compreensão são negligenciadas, os pais ou outros familiares não têm tempo para ouvir sobre um projeto novo de vida ou até mesmo um desabafo, faz com que o indivíduo se sinta excluído, incompreendido e por mais que tente buscar por essa atenção, sente que não há espaço para ele naquela família.
Se sentir excessivamente pressionado
Existem aquelas famílias que impõem deveres e objetivos, principalmente para os filhos. Pais que sonham em ter um filho médico, por exemplo. Pressionam o jovem para tirar boas notas, ou para passar no vestibular. Mas será que o filho realmente quer isso para a própria vida? Pais com este tipo de comportamento não sabem quais são os sonhos e desejos reais de seus filhos, porque estão pensando mais em agradar a si mesmo. Toda essa pressão gera muita frustração e traumas psicológicos.
Sentimento constante de infelicidade e desconforto perto da família
Num ambiente familiar tóxico, a pessoa se sente infeliz e desconfortável a todo momento. Na realidade ela não quer estar ali, pois sabe que situações desagradáveis têm grandes chances de acontecer.
Se sentir dependente da família
Muitas famílias tóxicas querem manter o indivíduo por perto a todo custo, seja com manipulações ou chantagens, esses comportamentos acabam tornando a pessoa dependente da família, sem nenhum tipo de autonomia e responsabilidade. É algo extremamente ruim, ela não consegue se desenvolver e viver uma vida plena e feliz da forma que deseja.
Manipulação emocional
Familiares que utilizam de palavras e comportamentos de forma consciente para influenciar a pessoa, com o exato objetivo de conseguir o que querem.
Estes são alguns comportamentos de familiares tóxicos, que geram consequências negativas na saúde mental de qualquer pessoa. Não se trata de apontar um culpado, mas sim estar mais atento a certos tipos de comportamentos e ter uma melhor consciência para desenvolver estratégias inteligentes que ajudem a lidar com essas situações.
Lidar com uma família tóxica é desgastante e desafiador, mas é preciso entender cada caso e é necessário focar em definir e estabelecer limites saudáveis nas relações familiares, promovendo a autonomia e independência familiar, além de cultivar a assertividade.
Como lidar com uma família tóxica?
O primeiro passo para enfrentar essa situação envolve compreender e admitir que você está lidando com uma família tóxica. Não é necessário sentir medo ou vergonha ao reconhecer para si mesmo e para os outros. Embora algumas pessoas possam julgar e apontar o dedo, é importante lembrar que essas atitudes dizem mais sobre elas do que sobre você. Tenha em mente que você é a vítima nessa situação.
Em uma família tóxica os conflitos não são resolvidos da forma mais sensata, não há pedidos de perdão ou reconhecimentos dos erros, então existem duas opções: viver o resto da vida nesse ambiente hostil ou se afastar dessas pessoas.
É árduo tomar qualquer uma das duas decisões, mas é preciso pensar na saúde e no futuro. Continuar vivendo em um ambiente que somente desencadeia sentimentos e sensações ruins pode trazer malefícios, e os mais notáveis são os transtornos psicológicos.
Conviver com pessoas que ferem você psicologicamente pode trazer estresse, baixa autoestima, síndrome do pânico, ansiedade, depressão, entre outras doenças mentais.
Porém, é possível entender que o afastamento decisivo não é a melhor opção. E caso seja este o posicionamento tomado é preciso estabelecer algumas condições:
- Crie uma distância emocional;
- Se comunique com essas pessoas de forma firme e assertiva;
- Determine limites;
- Olhe mais para si próprio;
- Busque apoio externo;
- Entenda que você não pode mudar as outras pessoas;
- Estabeleça prioridades na sua vida;
- Busque ajuda terapêutica.
Como quebrar esse ciclo de violência?
Para acabar com esse ciclo de abuso, além de tudo o que já foi citado neste artigo, o mais aconselhável é fazer terapia. É fundamental para o crescimento pessoal estabelecer limites e aprender a dizer não.
Por meio de mecanismos usados pela psicologia é possível aprender a lidar com os conflitos e compreender seu papel dentro da dinâmica familiar. O autoconhecimento também ajuda nas mudanças de comportamento.
A terapia psicológica proporciona um ambiente acolhedor e confidencial para abordar e entender suas emoções, inseguranças, necessidades e expectativas.
Durante as sessões, o psicólogo ouve atentamente, oferece suporte emocional e ajuda a analisar suas experiências, sugerindo reflexões e ações para promover seu fortalecimento pessoal.
Esse processo visa auxiliar na compreensão profunda de seus sentimentos e no desenvolvimento de estratégias para enfrentar desafios e promover o bem-estar emocional.
Marque uma sessão de terapia comigo! Sou psicóloga e posso lhe ajudar neste processo.
Você pode agendar sua sessão ligando ou entrando em contato pelo WhatsApp, no número (27) 9.9978-0990. Nossas consultas podem ser online ou presencialmente, como preferir.
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21 comentários em “Como lidar quando sua família é tóxica?”
eu tenho 21 anos, minha adolescência toda foi sobre pressão pra passar em medicina, de modo que minha vida social era afetada, meu primeiro namoro era um inferno por conta de toda essa pressão psicológica, agressões físicas. Finalmente passei em medicina com 18 anos e me mudei de cidade, foi e é um alívio, mas mesmo com essa distância, quando preciso vir em casa passar alguns dias, sempre sou criticada, minhas escolhas, como meu atual namorado, me tratam mal por besteira sendo que eu sempre dou meu melhor. Não sei mais como lidar para que haja ao menos uma convivência mínima agradável. Graças a Deus consegui sair de casa, pois meu psicológico estava totalmente abalado e até hoje não é muito bom.
Essa situacao é muito desafiadora realmente, é preciso entender os limites para conseguir manter uma relação o mais saudável possível, a terapia pode te ajudar muito.
Bom dia tenho 33 anos e vim de uma trajetória de vida um tanto conflitante onde se não disser que aprendi estarei mentindo ,sei que a família é deve ser a base de tudo …porém sou filha de pais separados fiquei com minha mãe que também refez sua vida saí de casa 02 vezes para me afastar das brigas e conflitos só que da mesma forma atraia sempre relacionamentos tóxicos seja entre amigos e companheiros percebi que o problema estava comigo então estou me priorizando no autoconhecimento e auto amor e voltei para casa de mãe já sei que não consigo mudar o comportamento dela só que as vezes por mais que não queira ouço um tanto de suas palavras amargas para comigo mesmo …como tentar manter um relacionamento saudável sem me deixar abalar com suas críticas , ameaças e comportamentos tóxicos e sem eu ter a necessidade de “fugir” de um relacionamento tóxico sem ter que mergulhar em outros ….
A resposta está no que voce falou acima, focar no seu autoconhecimento e autoestima. Quanto melhor voce se sentir menos a opinião do outro será importante. Quanto a esse ciclo de relacionamentos negativos é importante entender esse padrão, talvez um psicologo te ajude.
Morar com mãe no máximo até 30 anos no limite, e se for embora antes dos 30, jamais voltar.
SUA DIGNIDADE TEM QUE PREVALER SEMPRE! E MORANDO COM MÃE NÃO HÁ COMO TER, NEM QUE NÃO FOSSE TÓXICA.
Planeje , comece do zero, você consegue, sua vida vai melhorar no mínimo 100% em todos os âmbitos.
tenho 42 anos desde pequena carreguei um fardo de abusos tanto pisicologicos quanto físico tenho 4 filhos 2 especiais meus pais sempre ajudou meus irmão s tanto financeira mente quanto pisicologicos ao contrário muitas vezes eles nunca me ajudaram meus pais deu casas pra meus irmãos hoje eu tô saindo de uma situação morando e pagando aluguel tô sendo obrigada a sair de dentro da casa de meu irmão pq mesmo eu pagando aluguel eles querem que eu saia minha filha cadeirante meu filho autista não quero tomar casa de ninguém afinal de contas quem sempre me ajudou foi Deus agora eu que levava eles pro hospital pq hoje com muito sacrifício tirei carteira tenho um carrinho não sou mais obrigada a fazer nada por eles por isso tô sendo criticada mais tô saindo de perto deles preciso respirar
O importante é que voce visualizou que estava em um caminho que nao te estava fazendo bem e está buscando outras alternativas
tenho 16 anos , e durante minha vida inteira nunca pude fazer nada como uma pessoa normal não tive uma infância boa como de qualquer criança normal , perdi muitas coisas pq meus pais são crentes a família inteira então tudo sempre era pecado e esse peso foi crescendo em cima de mim e hoje que eu quero ter minha liberdade de fazer as coisas que sempre quis estou sendo pressionado fui desabafar com meus parentes e riram de mim eu não quero mais viver uma vida falsa sem poder viver verdadeiramente fazendo as coisas que gosto e nunca pude fazer nada q uma pessoa normal faz tipo jogar bola , andar de bicicleta, nadar ou ir pra academia sempre falaram q era pecado e eu acreditava pq tinha medo de ir ao inferno, mas não trabalho não faço porra nenhuma oque eu faço? estou destruído mentalmente.
O primeiro passo é tentar conversar com a sua familia e ver se existe alguma flexibilidade, compreendo que por voce ser menor de idade e ser depende financeiramente da sua familia é uma situação muito delicada. Mais voce pode se organizar para que no futuro voce tenha esse poder de escolha.
moro perto dos meus país, eles dois brigam sempre, eu fiquei minha vida inteira vendo eles brigarem, me casei tenho duas filhas,e hoje eles sempre querem dar palpite na minha vida,tenho 40 anos de idade,eles me humilha,por não ter profissão, tenho duas irmãs sempre eles falam delas ,e nunca falam de mim ,me chamam de Amélia. já tentei me afastar eles fazem chantagem comigo. o meu erro foi morar perto deles, o meu sonho é me mudar pra bem longe, igual minhas duas irmãs fizeram.
Nao é uma situação facil, porem se voce sente que essa situação está te prejudicando talvez seja importante definir limites para essa relação, para que isso nao te atrapalhe tanto. Voce é uma mulher adulta e responsável pelas suas escolhas, nao deixe a opinião de outros de atingir.
Desde menina sinto que meus pais sempre priorizaram minha irmã. Tudo primeiro era pra ela. Nunca consegui ter uma conversa de pais e filha legal. Minha irmã sempre foi autoritária e meus pais submissos a ela. Meus pais sempre fizeram diferença entre eu e ela e meus filhos e sobrinhos. Hoje meu pai tem 92 e tem demência e ele fica mais com ela que comigo,pois não gosta de ficar comigo. Quando vou cuidar dele ,ela fala tudo o devo fazer e como fazer, como seu não soubesse cuidar bem dele. Não gostaria mais de ter contato com ela, pois me faz mal. O que faço? Me faz mal todas as vezes que preciso entrar em contato com ela. Obrigada
É uma situação muito delicada, primeiro voce tem que ter certeza que é isso que voce deseja. Uma alternativa que voce poderia tentar é entender ate qual o limite de contato/relacionamento voce acha que é possível com ela e tentar se afastar e ficar dentro de um limite saudável para voce, assim voce pode ter certeza sobre qual é o melhor caminho a ser seguido depois.
Estou tentando afastar porém os tenho como clientes e quem disse que lidar com o trabalho ao público é difícil se imagina lidando com clientes familiares! que estão a todo momento dando palpites, trazendo comentários e coisas da sua vida pessoal para o profissional. quando eles estão lá eu evito até de me sentar perto deles nas maiores das vezes finjo sempre estar ocupado pra ter o menor contato possível. Minha mãe quer fazer do meu trabalho um lar e como ela me ajuda olhando minha filha de um ano e estou começando, quando eu falo que eles lá pra mim não é tão vantajoso os trás muito lucro ela acha ruim, me chantageia dizendo que não irá mais Comigo pq quer que eu os aceite lá fofocando e fazendo comentários depreciativos de meus clientes e espantado-os com suas más energias . então ela fala que eles me engole e que não gostam de mim e eu digo o mesmo que quero distância. outro fator é que sou recém divorciado de um dependente químico e onde eles quer colocar-lo lá em cima e eu lá em baixo como se eu fosse a culpada pelo termino e não a dependência química dele, o fato de ser um mentiroso patológico, narcisista irresponsável e usar todas nossas economias pra comprar drogas virando noites e mais noites fora de casa . em fim minha filyha que ainda me mantém viva e me dar força pra continuar pq só Deus sabe de todas a dor que a simples presença desses familiares trás pra minha vida .
O importante é que voce já percebeu que isso está sendo negativo para voce. Busque ajuda profissional para te ajudar neste momento dificil
Tenho 44 anos, hoje tenho consciência de que vivi no meio de uma família tóxica. Ao ler o artigo, 90% das características de uma família tóxica, identifiquei na minha família. Tenho quadros depressivos, crises de ansiedade, relacionamentos conturbados e muito estresse. Desde criança nunca me senti confortável com minha família. Hoje tenho tentado me afastar, mas tenho recebido muitos julgamentos externos, de pessoas que não conhecem o que passei, por estar me afastando de irmãs e da minha mãe. Recentemente, fui fortemente, provocada por minha irmã e mãe a ponto de ter que fazer um B.O. Eu escolhi me afastar, mas é muito difícil, quando o outro lado não aceita, não compreende e não respeita sua decisão de afastamento, principalmente, por dizer que tenho que aceitar minha mãe, sendo que ela foi a principal causadora de meus problemas psicológicos. Fui vítima de negligência emocional, me deram excesso de responsabilidades desde a infância, houve mentiras nas relações, muita manipulação. Tudo muito silencioso e sutil ao longo de todos os anos de minha vida. Tenho hoje muitas feridas e mesmo tentando expor o que sinto e me explicar disseram ser frescura e me chamaram de louca. As ofensas também são muito fortes e evidentes. Meu relato vem com o intuito de avisar que sair disso tudo não é fácil, mas é preciso desenvolver muito amor próprio, ter objetivos bem definidos, buscar o autoconhecimento e ajuda profissional para realmente enfrentar o desafio de sair e se afastar de vez. As pessoas vão te julgar e se afastar, mas tudo isso abrirá novas oportunidades, novas relações e uma vida mais saudável e leve. É o que estou lutando para ter e é o que desejo à todos! Gratidão!
Somente voce sabe a sua realidade e o que voce passou, se voce sente que se afastar é algo positivo para voce e que isso melhora o seu emocional nao tenha medo de tomar essa atitude. Busque ajuda profissional para lidar com tudo que voce passou para que isso nao afete seu presente e futuro.
A sua história é semelhante a minha eu também vivi anos presa a uma família narcisista egoísta, siga em frente eu estou me sentindo muito bem sem a opinião deles hoje eu entendo que o problema não era eu é libertador agora e seguir em frente e valorizar as pessoas que te considera e ter fé em Deus que tudo tem um propósito.
Vivo num ambiente assim infelizmente, onde que na vida sempre foi professor não desmerecendo algo que eles fizeram por min, mais por ser da família ter o cuidado de ser mais compreensíveis e com apoio emocional poderia ser abertos. Inclusive isso afeta muito com meus relacionamentos, minha vida cotidiana entre outras coisas.
Isso desencadeou em min a princípio a depressão, mais antes disso na minha adolescência sempre foi muito conflitante, sempre fui pressionado, criticado. Devido a essa ocorrência, nasceu a depressão e quando expus a minha orientação sexual foi bem pior que começaram a me manipular, desde então comecei a ter ansiedade também por conta disso.
Atualmente, eu estou mais confiante, comunico com mais assertividade, com mais firmeza, tenho meus focos, e aos poucos vou sendo independente sentimentalmente. E isso faz o que estou me tornando independente da crítica eu sigo em frente e olho pra min mesmo todo os dias pra que nada possa me abalar.
Que bom que apesar das questões que envolvem o seu meio voce esta conseguindo passar por tudo isso e ter a vida que voce busca.
Eu perdi minha mãe aos 2 anos de idade, meu pai não conseguiu cuidar de mim acredito que por problemas emocionais também, fiquei com minha madrinha que era irmã da minha mãe por um tempo, meu pai arrumou uma mulher que no começo me adorava mais era tudo enganação para conquistar meu pai. Ele decidiu me levar para morar com eles e ai começou o inferno da minha vida, eles brigavam e eu sempre ouvia ela dizendo que eu era o problema de tudo, brigava com meu pai me deixava com fome sem comida, não lavava minhas roupas e me fazia lavar na mão com sabão de pedra nem sabão em pó deixava eu usar, detalhe minha mão faleceu e deixou um apartamento que era dela todo mobiliado com tudo lindo que ficou para meu pai e minha MÁdrasta. Eu lembro que sempre vivia nas casas dos outros, eles brigavam me mandavam para minha madrinha, depois me buscava, até que minha madrinha faleceu também e tudo que era ruim piorou, meu pai me mandou embora de vez para morar com a família da minha mãe porque minha irmã mais nova cuspiu um osso no meu prato e eu não quis mais comer a comida minha madrasta me obrigou a comer me bateu e quando meu pai chegou brigou com ele fez ele me bater novamente e ai ele simplesmente falou arruma suas coisas que eu vou te levar embora! Minha madrasta fez ele vender o meu apartamento por direito né e ficou com todo o dinheiro e terminou com ele. E falando sobre minha vida com a família da minha mãe, sou grata por terem me acolhido porque se não fossem eles eu não sei o que teria acontecido comigo, mais também não foi fácil o que eu passei, eu ficava doente e não tinha quem cuidasse de mim, me levasse ao médico, se eu fizesse qualquer coisa errado aos olhos deles eles me dizia que ia mandar eu embora morar com meu pai, eu fui criada com muita rigidez até que aos meus 14 anos comecei a namorar me apaixonei e eu vivia sendo ameaçada de ir morar com meu pai era tratada como se eu tivesse fazendo algo absurdo o que eu não estava, eu namorava no quintal de casa todos conhecia meu namorado e eu preferia assim já para evitar muita coisa como eu já conhecia minha família. Com poucos meses de namoro eu já tinha que lidar com eles brigando comigo dizendo que eu não era mais virgem que eu ia apanhar que eu ia ter que ir embora sendo que eu era virgem meu namorado super me respeitava porque tinha medo deles também e aquilo me deixava tão triste ser acusada de fazer algo que eu nem se quer estava pensando. Em fim os meses foram passando e a gente se gostando e inevitavelmente aconteceu de eu perder a virgindade com ele e isso me consumiu era como se eu tivesse cometido um crime e não podia contar para ninguém porque eu sendo virgem eles já me crucificava como eu iria contar isso para eles ia me mandar embora e querer fazer algo com meu namorado, esse era o pensamento que eu tinha, então escondi e não contei para ninguém, não tinha orientação nenhuma sobre sexo pq eles falavam para me punir mais ninguém nunca sentou e teve uma conversa comigo, naquela época não tinha informações como nos dias de hoje. Poucas relações com meu namorado e engravidei fui mãe aos 15 anos. Só tive coragem de contar quando já estava com quase cinco meses pq a barriga não dava mais para esconder, foi difícil, meu pai q não dava a mínima pra mim ficou decepcionado não quis mais saber de mim, fui morar com meu namorado que se tornou marido,tivemos um relacionamento muito difícil por sermos tão novos e ter que se virar em um casamento. Em fim estamos juntos até hoje graças a Deus cumprimos nosso papel de pai e mãe com nosso filho temos nossa casa, nossos trabalhos, mais a família da minha mãe continuou fazendo parte da minha vida, eles sempre dando palpites, iam na nossa casa e criticava nossas conquistas de móveis e tudo, nunca me derem 1 pano de prato e nem 1 frauda para meu filho graças a Deus, mais hoje cheguei a conclusão q não quero mais está junto com eles, eu me sinto como se nunca tivesse feito parte dali, tudo que eu passei me fez ser uma pessoa q fala quando está desconfortável, que descorda, que não aceita ouvir o que não me cabe, e isso gera a sensação q eles não gostam de mim, pq nunca aceitam a opinião contraria deles, querem te criticar e quer que vc fique quieto ouça e não falei nada, se vc se impor eles tentam colocar todos contra vc te faz passar vergonha, te xinga, te humilha, nunca me elogiam em nada uma única vez que recebi um elogio foi você tá bonita, eu sorri e fiquei feliz por ouvir aquilo daquela pessoa nem foi pelo bonita, mais o sorriso durou pouco porque logo veio, mais não se acha não. Agora eu me afastei deles e me sinto o patinho chato que ninguém procura saber, ninguém chama pra nada e eles continua juntos na mesma historia se matando entre eles. com brigas, xingamentos, invejas e discórdias. Isso é um resumo breve porque tem muito mais. E sim tenho ansiedade, já tive depressão, síndrome do pânico, compulsão alimentar, transtornos emocionais sérios e tenho até hoje por conta dessa minha história de vida, e detalhe eu tenho que lutar e me policiar muito para não deixar isso refletir no meu filho, as vezes me sinto uma péssima mão por não ser tão carinhosa, amorosa, sinto que sempre estou em falta mais fazendo de tudo por ele. E engraçado que a família do meu marido parece que faz parte de mim, eles me completem me respeitam, se eu precisar me ajudam, me acolhe, me ouvem, me aconselham, é tudo muito louco.
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